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Adoçantes: conheça os melhores e descubra quais devem ser evitados

Bella Falconi

15/12/2017 09h05

 

O final do ano já está aí e eu tenho certeza que você anda pensando em alternativas para não escorregar muito na dieta nas festas comemorativas. Mas é aí que surge a dúvida: sobremesas "diet" fazem mal à saúde?

Primeiramente, é importante esclarecer que o fato de ser "diet" (sem açúcar) não quer dizer que é "light" (com menos calorias). Portanto, é importante avaliar duas coisas: o adoçante utilizado e a quantidade de calorias do alimento (e saber se aquilo cabe no seu plano alimentar).

 

Conheça os melhores e mais populares tipos de adoçantes:

1) Xilitol

É um adoçante natural, pois é um álcool de açúcar. Sua doçura é semelhante à do próprio açúcar. Possui baixas calorias (aproximadamente 2,4 por grama) e não aumenta os níveis de glicose no sangue, prevenindo os indesejáveis picos de insulina.

Ele é uma boa alternativa ao açúcar, pois além de não causar os mesmos danos à saúde, pode oferecer benefícios para os dentes, reduzindo o risco de cáries. O xilitol também pode melhorar a densidade óssea, prevenindo doenças como a osteoporose, já que potencializa a absorção de cálcio. Contudo, por ser um álcool de açúcar, pode causar efeitos colaterais no sistema digestivo, quando ingerido em grandes quantidades.

2) Eritritol

Também é um álcool de açúcar e pode ser considerado um adoçante natural. Ele é bastante doce, possui poucas calorias e é encontrado em algumas frutas. Esse adoçante não possui alto índice glicémico, ou seja, não aumenta os níveis de glicose no sangue e não possui efeitos sobre o colesterol e tampouco triglicerídeos.

Apesar de ser um adoçante natural, o eritritol não deve ser consumido em excesso, pois pode causar problemas digestivos, mas seguramente é melhor tolerado do que a grande maioria de álcoois de açúcar.

3) Stevia

É bastante popular e possui pouquíssimas calorias. A estevia é extraída a partir das folhas de uma planta chamada Stevia rebaudiana, usada para fins culinários e na produção de medicamentos.

Alguns estudos científicos apontam que a estevia oferece alguns benefícios para saúde, como a redução de pressão arterial, mas apenas em caso já existente de pressão alta. Ela também colabora na redução dos níveis de açúcar em diabéticos, melhorando a sensibilidade à insulina. Por fim, estudos também mostraram que a esse adoçante pode diminuir os níveis de colesterol LDL oxidado e reduzir a formação de placas nas artérias.

Mas vale ressaltar que tudo em exagero não faz bem e que a estevia não deve ser utilizada isoladamente para os fins citados acima, mas para substituição do açúcar ou conforme recomendado pelo profissional que o acompanha.

 

Adoçantes populares que devem ser evitados:

1) Aspartame

Além de ser artificial, um estudo da Universidade de Liverpool concluiu que quando misturado com colorantes pode se tornar extremamente tóxico para as células do cérebro. Além disso, um estudo realizado em animais mostrou que o aspartame pode aumentar os níveis de glicose no sangue, assim como o açúcar, o que explica a relação da ocorrência de diabetes e refrigerantes dietéticos.

2) Sucralose

O produto final derivado da sucralose não é nada natural. A sucralose é feita a partir do açúcar, em um processo químico em que três grupos de hidrogênio-oxigênio são substituídos por átomos de cloro. Ou seja, ele é processado usando cloro. Um estudo realizado com 17 pessoas portadoras de obesidade mórbida e que não consumiam adoçantes artificiais regularmente apontou que a sucralose elevou os níveis de açúcar no sangue em 14% e os níveis de insulina em 20%. Ou seja, a sucralose pode proporcionar aumentos dos níveis de insulina no sangue em pessoas que não estão habituadas a consumir adoçantes artificiais regularmente. Além disso, quando submetida a altas temperaturas (cozimento), a sucralose pode interagir com outros ingredientes do alimento e produzir substâncias cancerígenas.

3) High Fructose Corn Syrup (Xarope de Milho de Alta Frutose)

Bastante usado em refrigerantes e snacks infantis, esse adoçante é conhecido por causar síndrome metabólica a longo prazo. Um professor da Universidade da Califórnia relatou que esse xarope é estocado como gordura no fígado, causando resistência à leptina, o hormônio responsável pela saciedade. Os danos causados pela HFCS a longo prazo podem ser irreversíveis.

 

Não se esqueça do mais importante: não há perfeição dentro da nutrição. Dificilmente conseguimos atingir um estágio em que não consumimos absolutamente nada que faz mal à saúde. Afinal, estamos vivendo na era dos industrializados e da "falta de tempo" para cozinhar em casa.

Mas o ideal é sempre seguir a regra do "menos pior" quando o melhor não estiver disponível. Uma coisa é certa: quando os hábitos saudáveis são predominantes em sua vida, hábitos ruins esporádicos muito provavelmente não lhe farão tão mal assim –o que não justifica o consumo deliberado desses alimentos, já que a exceção nunca deve se tornar regra.

Por fim, avalie se vale a pena consumir alimentos "diet", a partir de uma breve análise dos ingredientes. De nada adianta evitar o açúcar se você consome uma grande quantidade de adoçantes artificiais que podem ser cancerígenos. Tudo em excesso faz mal, inclusive o açúcar. Viva com equilíbrio e faça escolhas inteligentes. Moderação sempre e divirta-se nas festas de final de ano!

 

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Sobre o autor

Bella Falconi é bacharel em nutrição e mestre em nutrição aplicada pela Northeastern University, nos Estados Unidos. Atualmente É pós-graduanda em Teologia e pioneira do movimento saudável nas redes sociais. Bella também é ex-atleta fitness e ministra palestras motivacionais em vários lugares do mundo, principalmente no Brasil.

Sobre o blog

Dicas e artigos sobre saúde e bem-estar, com foco no equilíbrio e nas realizações pessoais. A ideia central do blog é motivar e também desmistificar diversos assuntos sobre alimentação saudável.

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